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O Frade e a Freira

Vargem Alta - ES

Localização

O patrimônio geológico O Frade e a Freira está situado no município de Vargem Alta, próximo a localidade de São José do Frade, distante cerca de 30 km da sede do município, na altura do trevo entre a rodovia Governador Lacerda de Aguiar e a BR-101.

Legislação de proteção

O Monumento Natural do Frade e a Freira foi criado pelo decreto estadual de N° 1.917-R de 2007. A Unidade de Conservação foi criada principalmente por ser um marco paisagístico e histórico do Espírito Santo. A região foi declarada como Patrimônio Natural Cultural, por meio da Resolução nº 07, do Conselho Estadual de Cultura, em 12 de junho de 1986 (IEMA 2024). No entanto, não há legislação de proteção ao atrativo. O atrativo se encontra em bom estado de conservação.

Atrativos

Mirante do Frade e a Freira: mirante natural em elevação rochosa, do alto do "ombro" do Frade, acessível por estrada de terra a partir da BR 101 (IEMA 2024).

Acesso

Rodoviário, parcialmente pavimentado, em estado regular e não pavimentado. Linhas de ônibus que fazem a ligação de algumas comunidades do sul do município (Belém, Concórdia e São José do Frade) e do município de Cachoeiro de Itapemirim (Santa Isabel e Gruta), que passam no local. O transporte para o atrativo é do tipo rodoviário, intermunicipal regular, em bom estado e não adaptado.

Equipamentos e Serviços

O Monumento Natural o Frade e a Freira é composto por áreas particulares, portanto, qualquer visita a atrativos nestas áreas, deve ser informada aos proprietários.

Descrição

Não há entrada definida, a visitação é diária, sem visitas guiadas com acesso gratuito e sem autorização prévia. O tempo necessário para usufruir do atrativo é de algumas horas. Não há oferta de equipamentos e serviços no atrativo. A principal atividade ocorrente no atrativo é a contemplação da natureza. O FF íntegra o roteiro turístico denominado “A rota dos vales e do café”, coordenada pela SEDETUR. A origem da maioria dos visitantes, em ordem crescente, é dado por pessoas locais, municipais, da região e de outros estados, com maior visitação ocorrendo no Verão.

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A pedra do Frade e da Freira, é um marco paisagístico e histórico no estado do Espírito Santo, localizado nos municípios de Cachoeiro de Itapemirim, Itapemirim e Vargem Alta e possui uma área de 861,4 hectares, chegando a 683 metros de altitude, compreendido em rochas ígneas classificadas como granodioríticas.

A silhueta do conjunto rochoso, que popularmente remete ao perfil de um Frade e uma Freira, se tornou pivô de lendas que foram difundidas ao longo da história. 

Diz a lenda que “um frade e uma freira se apaixonaram e como suas vidas deveriam ser dedicadas a servir à Deus, não puderam se render a esse amor. Como forma de permanecerem unidos, os dois foram transformados por Deus em montanha, sendo que o tamanho foi correspondente ao tamanho do amor, e ficaram se admirando um ao outro eternamente.”      

Em 1938, o poeta cachoeirense Benjamin Silva incluiu um soneto em seu livro "Escada da vida" que narrava a versão mais conhecida da lenda.

“Na atitude piedosa de quem reza,
E como que num hábito embuçado,
Pôs naquele recanto a natureza
A figura de um frade recurvado.

E sob um negro manto de tristeza
Vê-se uma freira tímida a seu lado,
Que vive ali rezando, com certeza,
Uma oração de amor e de pecado...
Diz a lenda - uma lenda que espalharam -
Que aqui, dentre os antigos habitantes,
Houve um frade e uma freira que se amaram...

Mas que Deus os perdoou lá do infinito,
E eternizou o amor dos dois amantes
Nessas duas montanhas de granito." 

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É interessante notar que as montanhas do Frade e a Freira foram retratadas pelo Imperador Dom Pedro II durante sua visita ao Espírito Santo.

A beleza dessas formações era tão impressionante que Dom Pedro II fez esboços em 1860 dos perfis dos monumentos geológicos, tanto quando as avistava do mar, e quando estava em uma canoa em Rio Novo.

O poeta capixaba Paulo Freitas compôs o soneto intitulado
"O Frade e a Freira"

Tendo nas mãos estrelas cintilantes,
as contas cintilantes de um rosário,
aqueles dois rochedos tão distantes
parece que estão lendo um breviário.

Alguns dizem que Deus os fez amantes
nestas florestas do Brasil lendário,
e, na prece, nos divinos instantes,
ei-los juntos, no mesmo santuário.

O Frade faz lembrar imenso grito
do silêncio perdido no infinito,
eterna queixa formulando a alguém.

Dizem que a Freira, quando a noite vem,
sorrindo, escuta a queixa dos amores
e as pedras trocam beijos entre flores.

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Evandro Moreira (Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo)

Ao descrever sua terra natal, conhecida pelo significado de "água encachoeirada", caracterizada por um leito acidentado repleto de pedras que formam torrentes espumosas, o cachoeirense Evandro Moreira explica que os primeiros exploradores da região foram os frades jesuítas. Eles estiveram envolvidos na busca por ouro nas Minas do Castelo a partir de 1625, e nesse local, construíram uma capela e a Aldeia dos Montes. Naquela época, o caminho para a região ainda não era através do rio Itapemirim. Os exploradores precisavam acessar as Minas a partir do rio Doce ou, quando vinham de Minas Gerais, atravessavam a região do rio Manhuaçu. Foi por esse caminho que Pedro Bueno Cacunda chegou em 1705, sendo considerado o primeiro bandeirante a explorar a área dos cachoeirenses.

Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA)

Em 2004, Rodrigo Campaneli lançou o livro "As Mais Belas Lendas Capixabas" e recontou uma história centenária, renomeando-a para "O Frade e a Índia". Com sua intervenção criativa, ele trocou a figura da freira por uma indiazinha, argumentando que a lenda se diferenciava da história, uma vez que no século XVII não havia freiras na região.

Independentemente das discordâncias sobre as lendas, é um fato que o governo do Espírito Santo, por meio do decreto nº 1.917-R/2017, conferiu ao Monumento Natural "O Frade e a Freira" o status de marco representativo do Estado. Isso ocorreu reconhecendo que sua beleza cênica excepcional possui um grande potencial para o turismo sustentável regional. Esse turismo estaria integrado às condições naturais dos ecossistemas e paisagens locais, oferecendo novas oportunidades de renda para as comunidades que vivem no entorno desta Unidade de Conservação.

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Fotos

Atendimento e Contato

Endereço

Contato

Visitação

Rota do Lagarto, s/n, Km 03. Distrito Pedra Azul,

Domingos Martins-ES.

CEP: 29278-000.

(27) 99846 3489

(WhatsApp)

Funcionamento de terça-feira a domingo;

A entrada é gratuita;
O limite diário de visitas é de 150 pessoas;
O acesso às trilhas só é permitido até às 14 horas.


Horários de entrada para agendamento:
Manhã: 08h, 09h, 10h e 11 horas
Tarde: 13 horas
Limite de 30 pessoas por horário

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